quinta-feira, 21 de outubro de 2010

20 de outubro — Dia do Poeta. Um pouco de mim...

20 de outubro — Dia do Poeta. Um pouco de mim...

Quando meu coração abraça minh'alma, sinto-me num bosque, onde fantasio duendes e fadas, onde não existe solidão, onde posso renascer e de mãos dadas comigo mesma. Navego em sonhos e com o silêncio. Ouço apenas a voz dos meus sentimentos atentos para falar da realidade, encantos, desencantos, da magia que me envolve, indizível, invisível mas que teimo deixar escrito para a eternidade. Já disse uma vez, em um post, que poeta não morre, segue rumo ao arco-íris...

Nesse abraço, me enlaço com meus sentimentos, sinto meu corpo suavemente descompassado e meu coração fala através de palavras. As palavras fluem como beijos para cada pessoa que lerá minha escrita, e, quando meus dedos tocam o teclado, ou mesmo quando entrelaço caneta e papel, é como me sentisse abraçando quem me lê, numa melodiosa e harmoniosa sinfonia que afaga meus tímpanos num ritmo deleitoso, e me sinto bailando em nuvens.

Sinto uma brisa suave tocar meu rosto, o vento leve que deixa o voar das borboletas. Ouço o barulho das asas do beija-flor, sinto-me envolvida pelo brilho das cores do arco-íris, mãos segurando as minhas e olhos me fitando, deixando que eu veja meu reflexo em suas íris. 

Pareço estar rodeada por borboletas, afagada por um cão e acalentada pelo ronronar de um gato,  amigos fiéis... e não sinto medo. Entrego-me à impressão de ouvir a voz dos anjos lendo meus sentimentos. Sensibilizo-me, tenho vontade de chorar e choro. Cristais rolam em meu rosto amadurecendo meu espírito... e escrevo. 

Deixo fluir meus sentimentos e sinto que o amanhã vai ser mais bonito. Olho sem olhar para o infinito e penso apenas no espetáculo que me espera lá fora, cheio de graça, e quase me sinto criança, rodopiando num carrossel e pensando o que seria quando crescer.

Cresci, sonhei, me iludi, superei, e posso ficar de mãos dadas comigo mesma, sentir-me feliz; assim consigo estender as mãos para as pessoas que me lêem no carrossel de minha vida agora, no presente.

Meus sentimentos divagam e minha imaginação torna-se um poema. Entro em temas que às vezes me fazem reviver lembranças tristonhas, às vezes felizes.

Enfim, de coração falo e consigo até pensar que sou poeta, que minha palavra é poesia, que leva som e melodia...

Depois de tudo isso, nesse turbilhão de bons sentimentos, ainda correndo atrás do arco-íris, sou mesmo poeta, ou atleta?

Responda-me você, coração que me lê agora. Sua resposta para mim é poesia.



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

18 de outubro — Dia do Médico — Homenagem à minha filha Estela — cardiologista e ecocardiografista



Cairo, Egito
 Cascais, Portugal
  
Paris, França

18 de outubro — Dia do Médico  
Homenagem à minha filha Estela — cardiologista e ecocardiografista

Quando nascemos, trazemos em nosso cabedal diferentes missões. O tempo passa, e parece que com pressa a deixar a infância e logo a pensar em decisões futuras. Sonhamos e contamos que a sorte sempre esteja a nosso favor. Olhamos para a frente, um pouco temerosos, e não conseguimos encarar tudo com a esperança de esperar sem temer, por muito positivo que sejamos. O que fica para trás com certeza nos influenciará nessa escolha. Difícil não temer obstáculos.

Encarar "o novo", receber de braços abertos, ser firme, acreditar na sorte e, se mesmo em algum momento sentir dúvidas sobre a melhor escolha, escutar o coração, não deixando a razão, tendo os pés fincados no chão e na sua realidade. Cada um tem sua própria realidade, o que vai indicar e redirecionar nossa vidas.

Um banco de jardim nos espera para que ali sentemos e comecemos a renovar nossa história: acreditar ou devanear? 

Deus está sempre lacônico, mas sempre presente, por isso devemos crer. Decidir... É o mesmo que dizer para a água não se molhar... Devemos sair de dentro de nossa bolha e voar para o futuro... e acreditar.

Foi assim que minha filha, Meu Sol, voltando-se para o recôndito de seu ser, seguiu sua escolha, renovou sua história e seu destino para ser médica. 

A escolha estava feita. Alçar vôo, mesmo que ninguém acreditasse e ficassem pesadas suas asas... Acreditou que o peso das pedras do caminho não seriam mais pesadas que suas asas... aguentaria voar. Assim, voou... Uma longa viagem.

Acreditou nas sombras frescas de sua realidade, mesmo sabendo que passaria por fontes sem água fresca. Passou por elas, mas sutilmente disfarçou, fingindo não ter sede.

Sentiu que sua missão era de cuidar, zelar e salvar vidas... Talento tinha em suas mãos, o que com o tempo transformou-se em bonanças. O futuro tornou-se presente. Foi um trabalho árduo.

Não conteve sua alma diante do desespero de uma criança, de um idoso ou de um acidentado. Foi operando milagres, trazendo esperança às pessoas que dela precisavam. Ser médica não é fácil e é necessário ser incansável. 

Sempre trabalhou com amor ao ser humano de forma altruísta. Não separou tempo nem hora; era presente em todos os momentos que a solicitavam. 

Viajo com a melodia da vida honrada como médica de minha filha, onde  a cada passo a fez crescer pela forma carinhosa e respeitosa dada a seus pacientes. Sempre teve consciência do caminho de trabalho a seguir e seguiu magistralmente sua meta com muita força e perseverança. 

Minh'alma se apóia em sua honrosa profissão de médica e me orgulho, me emociono. Cristais rolam em minha face a cada vitória por ela conquistada. Deixo sempre rastros em palavras para falar de minha filha, vestígios convictos de que sei que ela honra sua profissão e sua alegria é abundante nessa missão.

Nesta data, querida filha, o meu amor mostra a você a minha alegria em, feliz, fazer um brinde a você, doce e respeitada médica, doutora em cardiologia, não só em forma de palavras, mas de respeito, amor e admiração por você, minha filha, Doutora Estela.

Curta o seu aprendizado com louvor. Valorize-se sempre. Você é mais capaz e melhor do que pensa. Sobejam-lhe venturas em sua profissão de médica. Tenha sempre o coração agradecido por Deus lhe permitir tanta ventura. 

Eu sinto o meu coração agradecido por ter você como filha e por ser a pessoa humana que é: amorosa, carinhosa, amiga, companheira, solícita, alegre, cordial, gentil, meiga... acima de tudo, leal e virtuosa.

De pé, um brinde a você, minha filha médica, Meu Sol!

Amsterdã, Holanda


Tim-tim!
 

Sensibilize-se... deixe cair uma lágrima: 
é o cristal de sua alma que enobrece sua vida. 
Mamãe Lídia Valéria




segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Preciso...


A vida é uma escola e estamos aqui para aprender. Problemas... vêm e vão. Algumas pessoas seguem na vida formando novos caminhos; outras, remando barcos, mas perde-se a vida muito cedo. Estamos de passagem; a vida é curta para ser desperdiçada. 
Acredito sempre que o melhor está para acontecer. 

Temos instantes de incertezas, emoções insensatas, caímos em abismos, apagamos a luz do universo. Todo nosso progresso se faz a partir das tentativas de melhorar o que já se sabe, ou de aprender aquilo que ainda se desconhece, numa sucessão de acertos e desacertos, saber que todos passamos por tropeços, erros, até encontrar os caminhos que nos levam à felicidade. 

O progresso interior nos leva à melhora de nossa paisagem íntima, em uma forma magistral de, mesmo em erro, buscar os caminhos do acerto, podendo, assim, curtir a beleza e o perfume sutil das flores, a carícia de suas pétalas em nosso rosto. Sempre é preciso reciclar nossos sentimentos, nossos gestos, ações, empatia, para germinar tal qual uma flor, florescendo. 

Renascer, quem sabe, com a simplicidade, pureza e a superioridade dos animais.
Difícil, mas não impossível.

Preciso...

Tentar, mesmo com os olhos rasos d'água,
que rola quente em minha face,
processar o futuro, mesmo que o passado
testemunhe motivos para mágoas.
Não evidenciar meus erros de ontem com desapreço,
mas valorizar meus esforços de hoje.
Ver chances de crescer, e não obstáculos,
 vendo a vida como término de viagem.
  Fugir de mim a angústia, a incerteza, o medo, decepções,
 deslumbramentos; redescobrir-me sem apego.
Descobrir-me diante do espelho com serenidade
de onde me envolverei em todas as possibilidades
de sossego, sonhos, de renovação, aconchego.
Não furtar-me de mim, nem olhar para o nada...
Não envolver-me na emoção de que a vida
será sempre doce, uma eterna alvorada.
Desdenhar a tristeza e a crença na lealdade,
acreditando na fidelidade apenas dos animais,

amigos leais, carinhosos e superiores, e ter o
coração não adormecido às maldades a eles, sem leis.
Saber que a sabedoria é filha do tempo...
e, com sinceridade, insistir na juventude.
Sentir-me bem da vantagem de mais que os jovens,
ter idade para dizer — ah, se soubessem o que sei...
Calar-me diante da mediocridade e da promiscuidade,
sabendo que ficarei sozinha, sem respaldo, sem prumo.
Aceitar que colhemos também o que não plantamos, 
mas nem por isso deixar de estender minhas mãos.
Ver além das aparências — a essência invisível aos olhos.
Crer que as águas das fontes não sentem saudade do mar...
Apreciar o cheiro da chuva, que lava o tempo perdido,
 marcas de sonhos à deriva e cicatrizes triviais.

De serenidade, em acordo com minha ansiedade,
amar-me profundamente, orgulhar-me de mim,
não querendo saber o quanto irão amar-me.
Tranquilidade estampada em meu rosto,
para que ninguém duvide que mereço respeito,
que a própria vida diga que estou longe do oposto.
Não ser a mais forte; sentir saudade da infância,

e acreditar que as nuvens se encontram para conversar...
 Ser inteligente para sobreviver e me adaptar às mudanças.
Ver que as pequenas coisas, que parecem não ser nada,
obsoletas... sutilmente trazem paz. 

Sorrir sempre e dizer o primeiro olá!...
No desconforto da dor, saber que estou viva e agradecer. 
Entender o porquê do prateado em meus cabelos pelo tempo,
linhas em meu rosto mostrando experiências vividas;
linhas como mapas; pontos mostrando tesouros só meus.
Entender os sonhos alheios sem nada cobiçar,
 não trair confidências e nunca segredos contar.
Abraçar-me com gosto, me respeitar, beijar minh'alma,
refletida, reflorescida e estampada em meu rosto,
para que minha história nunca tenha um ponto final.

Conservar meus invisíveis neurônios, meu cérebro, 
minha mente, tesouro que posso e devo aumentar.
Preciso... até mesmo borboletear,
divagando como as borboletas... devaneando...

acreditando que além do horizonte tudo é mais bonito, 
por isso minha direção será sempre rumo ao arco-íris...
Voar...
Sem medo de perder as asas. 
Preciso.

Lídia Valéria

 

 Seja qual for o drama que nos assola o coração, devemos
almejar o entendimento dos erros e a disposição para acertar. 
É preciso tentar renovação para abrandar nosso coração. 
Todo dia que amanhece é oportunidade de recomeço, 
de refazer valores, de retomar caminhos. 
Lídia Valéria

domingo, 13 de junho de 2010

Tributo a meu Namorado... do Passado...

Tudo o que é bom dura o tempo suficiente para se tornar inesquecível... A vida só é compreendida olhando-se para trás; contudo, só pode ser vivida olhando-se para a frente.

Meu amor do passado é uma gota no oceano, mas sem ter nada a recordar, o oceano seria menor. Nada faz tão bem como recordar; contudo, sem saudade, senão a vida se torna fugidia.

Penso assim: "Recordar é viver", por isso perco às vezes parte do meu tempo recordando minha história, sem fechar as portas do presente para ficar no passado. O presente, como o próprio nome diz, é um 'presente'. Não se pode viver de olhos fechados para o espetáculo maravilhoso que é a nossa existência.
Quando sonho e devaneio em recordações, com coerência, guardo-as novamente.  

Um pouco de mim:  'Quando me recordo, me sinto mais jovem'.

Tributo a meu Namorado... do Passado...

A lembrança traz ao presente
meu namorado.
Tão longe... no passado.
Meu universo de amor!
Essa lembrança me ajudou a viver.
Restos de sonhos, de fantasia
que outrora eu vivia...
Desse amor meu coração se nutria
para feliz eu viver.
Com ele aprendi a amar, e, sem pensar,
com o feitiço do luar... a me encantar.
O enlevo com seus beijos,
satisfazendo meus desejos,
com gosto de "quero mais"...
Flores para mim colhia, sorria...
A alegria com ele era infinda e
eu de amor borbulhava... 
Sonhava esse amor sempre ter.
Hoje, apenas recordações... 
Não resistiu aos dissabores.
Ficou no passado.
Resta-me como herança
na minha lembrança.
Relembrando esse namorado,
emoção do coração minh'alma arranca.
Doce alento... encantamento...
Pena não ter amado mais...
Apagar essa lembrança?
Jamais.

Lídia Valéria 
De alguma maneira, 
a lembrança do namorado do passado fica; 
porque o passado nunca se aposenta.
Lídia Valéria

sexta-feira, 4 de junho de 2010

É festa junina... Vai tê...























Brasil e Portugal mantêm o costume de homenagear com festas os santos com aniversário em junho. As comemorações são ainda mais populares no Nordeste brasileiro. 

Muita 'comilança': milho verde assado e cozido, paçoca, pamonha, bolos de fubá e de milho, amendoim, pinhão, curau (doce de milho), pipoca, o delicioso vinho quente e o quentão. Hum... tão bom!... O som da sanfona convida todos a dançar; são músicas e ritmos chamados 'caipiras', em homenagem e respeito ao povo trabalhador da roça.

A alegria fica solta... Risos, danças, criançada correndo, quitutes deixam o aroma delicioso e prazeroso seguindo o vento. O céu colabora para o espetáculo com o brilho dos fogos, completando a festa.

Ao escrevermos com a ortografia errada, não o fazemos como crítica; ao contrário, é uma homenagem respeitosa a essa gente que merece a nossa reverência. Cuidam da natureza com amor e tiram  proveito dela, e nós pegamos de carona os benefícios que provêm desse trabalho tão digno.

Se você nunca participou de uma festa junina, comece a pensar e até a fazer a sua. Pense nisso. É um mês de alegria... 




Está no ar... Sorria!



É festa caipira... Vai tê...
 
Meu ranchinho é bem piquititinho,
mas vai dá pa acunchegá.
Vai tê muinta gente, cantoria, dança e viola;
tamém muinto arrastapé...
Queru vê gente chegano, genti cantano,
pa todu mundu si oiá.
Meu ranchu num tem janela, cas paredi
tudo torta, ma num é isso qui vai trapaiá.
Tem um fugão na cuzinha, vamu fazê pipoca,
i sempri u quentaum isquentá.
Miá sogra vai sê uma tristura,
puis gosta di fuxicá.
Ela custuma rogá praga ni quim garra nu dançá.
A genti isqueci a véia e vai pru terrero si alegrá.
Vai tê paçoca da boa e minduim pa ' isquentá'.
Na fuguêra, vamu assá u mio qui é pru gais num cabá.
Dispois da cantoria, vamu dançá a quadria e vamo
namorá, bejá, cantá... i si a sogra véia num tivé pertu,
nóis podi até si abraçá.
Ieu tô falano tudu issu, pruque si porpaganda num façu,
num vai tê arrastapé...
Vô ficá nu meu cantinho, co meu véio, tadinho...
tá bem acabadu, increncado... Tem dor nu corpu, u coitadu...
u pé tá sempri inchadu, purisso, só fica sentadu.
Dasveis inté si alevanta, pra módi minxergá mió. 

Ieu só façu memu porpaganda pruque gosto di
festa di Saum Juão, causdiquê si mexu u méu pé, 
u meu véio fica arrepiadu, cum ciúmi, coitadu! 
Si ficá nervosu, cumeça a xingá, 
fica atentadu i joga tudo pru chão. 
Dispois ninguém sigura... i o baile pódi acabá. 
Vai sê uma noiti linda, tudu mundo filiz 
si diliciano co quentaum... 
Vai sê taum baum! 
Ieu gostu di romaria, di festança, di fuguêra; 
e até dispois, pá pagá us pecadu, fazê uma porcissão... 
Saum Juão fica contenti, pruque sabi qui a genti gosta 
das noiti di Saum Juão... Ô trem baum!... 
Dispois qui u baile acabá, nóis ajueia nu artá, 
nóis fála cum sentimentu profundu: 
Mio Deus, nóis tem muinta fé 
di qui nunca mai vai cabá essa aligria 
qui faiz bem pra todu mundu. 
Viva a noiti di Saum Juão, a fuguêra, 
u arrastapé, u quentaum... 
i a nossa uniaum!  
Taum baum! 
Sô a muié mai filiz du mundu, 
co meu coraçaum bateno  profundu. 
I num é pra cê anssim, ara!




Lídia Valéria 

 
Parece até que sinto o cheirinho 
da pipoca e o som da sanfona.
Ô festança boa!



quinta-feira, 13 de maio de 2010

A maior obra de Deus

A você que me visita, me lê e faz comentários, deixando-me feliz,
deixo aqui o meu carinho, enflorando-me para dizer:

Como o botão em flor...
VOCÊ

espalha perfume aonde
for... 

Olhe-se no espelho e verá a maravilhosa obra de Deus:
VOCÊ!
Obrigada por visitar meu espaço de inspirações.


Uma rosa com carinho.

Lídia Valéria

sexta-feira, 7 de maio de 2010

MÃE... Homenagem a todas as mães e um pouco de mim, mãe-coruja.

Antes mesmo do nascimento, ainda com o filho no ventre, sofrem as mães mais que o necessário.

Mesmo com o coração calmo, a vida latente, esperada com ternura, causa inquietudes, o que faz parte do organismo emocional-carnal. É mais um elo para se unir à humanidade. Cuidará dessa vida e de sua adaptação ao mundo; será o seu Norte.

Antes do nascimento, a mãe já sabe que o progresso saudável da criança não terá sentido se não lhe proporcionar segurança, paz e bem-estar. Sente uma vida dentro de si e começa a sonhar. Devaneia sobre o que poderá fazer para oferecer uma forma melhor de vida a seu filho, mesmo que tenha que mudar a sua. Erradamente pensa que é um ser que será seu, e não, futuramente, para o mundo.

Fácil será ser amiga, fazer companhia, dizer o que o filho deseja ouvir (mesmo que tenha motivos para não poder dizê-lo), promessas... porém, difícil é ser amiga para todas as horas em toda a sua vida, dizer sempre a verdade quando for preciso, com confiança no que diz. Mas mãe faz e diz, não que não possa ver e sentir quando inventa e cria soluções, mas a questão é que seu coração não permite e arquiteta planos para que ele não veja nem sinta o problema. O mundo é feito de regras a serem cumpridas; só a mãe (salvo algumas exceções) sabe, com amor e sabedoria, orientar seu filho como segui-las.

Nem sempre é possível, pois, mesmo tentando ser fada, sua "varinha de condão" às vezes enverga, mas ela não deixa de tentar encontrar a solução. Nasce com o dom de proteção. Para as mães, duas coisas são infinitas: o próprio universo e a felicidade ligada ao futuro de seu filho nesse universo.

Assim fiz e consegui mudar, embora menos do que planejei, não pela força nem por conhecimento, mas sim por vontade de conseguir e vencer. Venci todos os obstáculos e pude ser chamada de "fada". Aprendi que não podia e não posso exigir o amor de meus filhos, mas podia e posso dar boas razões para que me amassem e tivessem confiança, sonho e paciência de que a vida fizesse o resto.

Sonhei muito. Fui perseverante. Esperei. Confiei... A vida deu-me dois filhos, pontos de referência em minha vida, e o orgulho de ter vencido essa batalha. Para chegar à vitória,  tive como resposta  a vitória de meus filhos e posso dizer: — Venci.

Mantemos uma certa cumplicidade: sadia, adulta, respeitosa, porém, com humor — é uma forma de um resultado mais positivo. São meus filhos, mas não precisam pensar como eu e não preciso pensar como eles. Mesmo assim, temos um relacionamento estruturado no amor, principalmente no amor. São meus confidentes e não quero nunca perder a amizade deles — para mim, o bem mais precioso.

Agradeço ao Senhor do Universo o privilégio de minha filha Estela, Meu Sol, e meu filho Glauco, Meu Porto Seguro, fontes de Luz e segurança em minha vida.  

Tenho o meu coração agradecido.

Um pouco de mim, mãe "coruuuuuuuuuuuja"
Egito

Grécia
Falando de meus filhos, sou como todas as mães: por amar demais... falam, falam, falam...
Você me entende?
 
França

Mãe
 
Nasceu mulher, forte, inteligente.
Como símbolo de pureza, é pedra
marcada na existência e continuidade humana.
Durona, porém chorona, sensível, compreensiva
e, às vezes, até reclamona.
 
Como mulher, no seu espaço, lutou por
amor e respeito...
Concebeu, gerou com amor seus filhos que
 o seu coração tanto os reconhece divinos,
e aos filhos dá o que acha que merecem.
 
Muitas noites em claro, preocupações,
 lutas, persistência...
Tudo isso ao mesmo tempo.
Sabe enfrentar com sorrisos, gestos de amor,
palavras de carinho, em cada ação...
É um anjo de Deus.
Às vezes, um beijo seu alivia dores.
 
Pensa em como sua vida mudou desde o dia
em que se tornou mãe, agradecendo a Deus por
ter merecido essa felicidade...
Às vezes se afasta daquela mulher que existe em seu
ser latente, para dar lugar a ser somente mãe.
 
Seus sonhos ficaram para trás, dando lugar a outros:
os sonhos de seus filhos. É feliz por ser mãe.
Eterna é sua glória, no seu raro esplendor.
 
Nada apaga seu brilho, porque ama com intensidade,
seja qual for a sua idade, pois tem no coração muito amor.
Doa-se em dedicação e afeto e é o tesouro do mais puro amor.
Assim é mãe para mim... Um ser especial...
Difícil definir, mas impossível não amar.
 
Homenageio todas as mães...
"A mulher-anjo-mãe-senhora-amiga-gigante-fada"...
Não pelo Dia Das Mães, mas por todas as suas
realizações e frustrações e pela luz divina que elas são.
 
Lídia Valéria Peres


                                                                                            
Inglaterra 
Infelizes as mães que transformam 
seus filhos em culpados, 
tendo-os criado sem disciplina, 
declarando guerra.
Fazem-se vítimas de quem
nada mais precisa além de amor. 
Lídia Valéria

sábado, 24 de abril de 2010

23 de Abril — DIA INTERNACIONAL DO LIVRO — Homenagem a meu filho Glauco

Para as mães, seus filhos são o Universo... Quase que transformam o mundo de acordo com seus interesses em criá-los de forma que sejam vitoriosos. Ninguém mais critica, pois sabe que mãe já nasce com  o dom de proteção. Alguém discorda?

(Fotos: em Portugal)

Dia 23 de abril é o Dia Internacional do Livro. Como na Catalunha nasceu o costume de presentear as pessoas queridas com flores e livros, eu não poderia deixar de presentear, embora de forma diferente, meu filho Glauco Adams. Flores já as colhi em meu jardim e as ofereci. Mãe fala mais...

Quando a gente ouve falar em talento, eu soberbamente penso logo em meu filho Glauco,  não do tipo que aparece em jornais, revistas e TV. Talentoso porque, além de seu delicioso convívio,  tem  como impressão digital sua forma de escrever, sempre com pitadas de humor.  Eu valorizo muito o talento, não só de meu filho, mas de muitos outros escritores,  por menos visível que ele seja.

Como mãe, sempre estou pronta a incentivá-lo (como faz a mim), a continuar com suas escritas, porque com certeza sou sua principal fã. Para mim, um grande espetáculo ler o que meu filho escreveu e escreve. Tenho orgulho do seu talento, mesmo que ele não seja o o mais glorioso, porém, dentro de sua capacidade, que é grande, já é notícia em livrarias pelos livros editados, palestras e seu blog. Em todas as coisas que faz, sendo em escrita ou em seu dia-a-dia, existe magia. Sua presença como filho, e amigo, é 'o doce que  cobre o amargo'.

Como explicar o encanto que ele me oferece sendo meu filho, além de escritor ? Exerce  a mim e à sua irmã tanta magia... o que para nós é muito  difícil explicar e tão fácil de sentir e perceber. Sua vida consiste em uma obra de arte por sua determinação e sempre nos surprende com suas engenhosidades.
 
Acredito no mundo do meu jeito e em minha crença está meu imenso amor a meu escritor preferido que é meu filho Glauco Adams. Como não ser ?

Parabéns, meu filho, neste dia especial, Dia do Livro, que é seu também, comungando com todos os escritores.

Lídia Valéria — mãe


Real Time Web Analytics