sábado, 26 de setembro de 2009

Meu jardim, meu acalanto... Um pouco de mim


Nada melhor que um lugar tranqüilo para relaxar e dar fim ao estresse. Muitas vezes optamos por cinema, por encontrar amigos, receber amigos, ir à casa de um amigo, a uma balada...

Procuramos 'sair' de casa, da rotina, e buscar. Faço isso, o que é natural... Contudo, dou preferência, muitas vezes, para ficar absorvendo a paz que meu jardim oferece. Tenho a felicidade de ter um grande jardim.

Nada melhor que ver o verde, as flores, uma paisagem que faz parte de minha vida. Uma verdadeira terapia. A natureza sempre se prepara para oferecer grande tranqüilidade para o espírito. Por maior que seja a 'tempestade', continua o equilíbrio... Um pouco de silêncio muitas vezes é benéfico. Faz-me conseguir respostas para as perguntas que atiçam meu espírito; um prazer que me traz de volta à realidade com mais harmoniosidade.

Meu jardim traz um pouco mais de graça à minha vida. Ali, eu e meus filhos nos reunimos e conversamos.
A sutileza da natureza consegue me afagar... para mim, um acalanto.

Abaixo, partes do meu jardim.


Meu jardim, meu acalanto

Meu jardim... Onde atenuo meus temores...
que de repente tornam-se flores...
Onde os pássaros passam... e me encantam.
Ecoam um belo canto que quase me leva ao pranto,
mas suavemente divago, me entrego ao enlevo, à vida...
e, em seguida... me sinto feliz.
Neste lugar de ar tão puro, quase me transfiguro,
lembro-me de minha infância, tão pura,
sem necessidade de me preocupar com felicidade,
porque a felicidade já estava ali.
Nesse chão tão verdinho, olho para o céu, parece pertinho...
As horas vão passando, chega a noite...
Vejo as estrelas, o luar, o vento...
Oh! Deus! Obrigada por esse alento de sentir-me assim,
purificada, agradecendo, por eu ser tão feliz!
Que bênção! Que vida tão boa!
Agora é do meu coração que entoa
um canto mágico mostrando a todos
a felicidade, minha maturidade, liberdade...
e podendo agradecer a Deus
eu ser assim tão feliz!
No meu jardim, esse cantinho,
sinto-me acolhida...
A felicidade não me é ausente,
esse brilho mágico latente, com certeza um presente,
que acolho com carinho...
Vem de Deus!

Lídia Valéria

Algumas das flores do meu jardim...
e muitos pássaros que voam por aqui,
harmonizando o meu espírito com seu canto.

Para enriquecer um pouco mais o meu jardim,
nossa amada cadela pastor alemão — 'Jeannie'



Aproveitando cada momento pela simplicidade, você
terá o suficiente para viver a vida em sua plenitude,
e, o que você não tiver, refugie-se na esperança e creia.
Lídia Valéria

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tristeza

Não falo só por mim, falo por todos que amaram... que amam.

Quem não errou por amor? Quem não amou a pessoa errada? Quem não deixou um amor 'escapulir' por insensatez, teimosia, orgulho ou soberba?

Aceitar as coisas como se apresentam é uma medida eficaz para bem deslancharmos pela vida afora. Revela compreensão, mas é importante acreditar que você pode vencer, e aquilo que você desenha fortemente em sua mente acaba acontecendo. Ser decidido alimenta a esperança, pois um desenho disforme impede a realização dos seus objetivos.

"Quem luta confiante na vitória constrói embarcação segura em que navegará amanhã."

Cuide do seu coração. Ele é o centro de suas inclinações para o bem ou para o mal. Onde o perder, para lá você irá. Talvez para o céu ou... quem sabe, ao vento, à solidão. São 'ondas' poderosas que se centram em sua mente e entram em sintonia com seus pensamentos. Universo maravilhoso dentro de nós, e, sabendo usá-lo, você terá amor, não amargura.

Tentando 'lapidar' a pessoa que amamos, sofremos a terrível desilusão de nos tornarmos ásperos, sendo que nunca teremos o que uma pessoa não tem a oferecer.

Cada ser é uno, de acordo com as Leis Universais, concorda?




Tristeza

A tristeza me consome
quando tento esquecer seu nome.
Tristeza por ter jogado fora preciosos momentos,
que me traziam alento,
tesouros divididos com você.

Tristeza por acreditar que sou perfeita
por sonhar o que não existe.
Agora que essa dor persiste,
eu, impotente, recolho lembranças,
sem esperanças em ser novamente amada.

Eu, que era tão afortunada,
depois de um passo em falso,
sinto-me hoje derrotada.
Nada muda da noite para o dia.
Mergulhei num abismo de pés descalços...

Sem olhar ao meu redor, joguei meus dias felizes.
Vivi o momento... esqueci o futuro.
Fui ilógica, egocêntrica e insensata.
Estava armada e o meu bom-senso foi-se embora.
Agora, essa distância me apavora.

Hoje, o fantasma da solidão me atormenta
e tenho a tristeza como consciência
de meus erros envoltos pela escuridão.
Pensei que haveria o esquecimento,
mas foram tão bons nossos momentos
que com certeza almejo reconquistá-los.

Perdi parte de minha vida,
algo morreu dentro de mim...
Se ainda estou viva é porque
essa dor nociva não vai embora de mim.
Meu coração está sem face,
fiquei do avesso, e nesse arremesso
para o desenlace, grito para o céu:
Que tristeza não ter você!

O que me afoga é o mergulho para o vazio
e esse arrepio de me sentir sem espaço.
Espaço de amor que eu tinha junto de você.
Perdi minha transparência...
A tristeza e o cansaço me devoram...

Emudeço... Às vezes, em cantar eu penso,
mas não consigo balbuciar... nem um cicio...
O pranto me faz calar e não consigo
pronunciar seu nome.
A tristeza me consome e não me deixa voltar
para mergulhar em nosso amor e sobreviver.

Faço-me presente nesse amor ausente
para sentir-me renascida e poder um dia,
com você, voar como um pássaro no céu...
e ter razão para construir outro caminho,
vencendo a tristeza com proeza.

Poder balbuciar seu nome ao seu ouvido
e bem baixinho poder ouvi-lo balbuciando o meu.
A tristeza desperta meu sono, e nesse
abandono não sei lidar com a luz.
Quero dizer em voz alta:
Tristeza, vá embora! São necessárias
mudanças em minha vida e começo agora
a ter vontade de fazer.

Vontade é um sentimento nobre,
me fará despertar aos poucos e
fará com que eu comece a
acostumar-me com a luz.

Lídia Valéria

Valorizar sentimentos é construir uma existência digna e feliz.
Você é sempre mais amado quando atua melhorando
a harmonia de seu rosto, mostrando o que sente.
Seja otimista e harmonize-se com seu amor.
Ame... ame... ame...
Lídia Valéria

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quisera ter... um pouco mais de mim

Seríamos incoerentes se censurássemos um botão de rosa ainda fechado,
por não estar totalmente aberto, assim como uma roseira por não dar a mesma quantidade de botões, mesmo que ela fosse plantada e cultivada no mesmo canteiro. Esperar de um ser humano o que ele não tem para nos oferecer é desrespeitar sua natureza íntima, ou seja, seu próprio grau de desenvolvimento espiritual.

Uma sobrinha...
Era um acalanto, dava-me com sua presença o arco-íris.
Eu, para ela, a figura perfeita de um anjo. Sei que me perdia: seria eu o anjo, ou seria o anjo, ela?
Enflorava meus dias com seus encantos, e sua proteção inocente fortalecia minha alma carente.
Sua convivência... Ela não sabia que me oferecia tanto!

Busquei viver com ética e amor, consciência pacificada, coração em festa esperando acontecer, mas a distância parece o fim de um ciclo...
O 'esquecimento' tem merecido considerações na vida do homem sobre a Terra.
A Lei Divina prescreve que tudo o que nasce, morre, e traz divergências e indagações:
o amor acaba, morre?

O amor de uma linda e doce criança e todo amor meu.
Morreu nossa essência no coração dela; trincou meu coração e doeu.
Tentei colar os pedaços...
Meu coração, com toda essa bagagem, não feneceu, é fênix.
Existe agora mais a verdade do corpo físico, mas não a janela da alma.

Hoje, um rosto estampado em um papel — uma foto...
Um ser querido... mas percebo que nela falta algo:

A sintonia de almas que não estão mais ali.


Quisera ter...

Ah!... Pudesse eu retornar no tempo...
Feliz tempo... não volta mais.
Diria "eu te amo" várias vezes repetidas.
Hoje, mesmo a querendo tanto, não a tenho mais.
Amor por uma criança, uma sobrinha, linda criança...
Tanta aliança, tanta esperança de
rever esses momentos do passado
e não perdê-los mais.
Risos, contos, sonhos, fantasias, alegrias...
Tudo que extasia, no passado com ela eu tinha,
hoje não tenho mais.
Aprender a ser feliz, sem ela,
não mais conversar, com ela não mais sonhar...
Linda infância... tão reluzente,
e hoje quero ver o brilho,
mas o brilho se desfaz.
Se desfez com a idade, maturidade, casualidades,
outros amores, família constituída...
Ficou tudo para trás...
Hoje, é sacudir a poeira,
é saber que durante a vida inteira
se ama, se vive e... para os amores antigos...
Tempo? Não se encontra mais...
Convivência? A vida a fez passageira.
Quem não sonha, não vive...
Eu sonhei ter para sempre essa doce companheira,
também sonhei recordar com ela essa convivência,
mas, depois de adulta, outros valores, não há paciência.
Vê tudo onde nada existe, vê nada onde existe tudo.
Era parte de meus sonhos. Desse tempo tenho carência.
Quem não sonhou, não viveu...
Em minha vida ela era parte da essência,
mas comigo não mais conviveu, tudo acabou, morreu.
Somos apenas parte do passado de alguém.
Mas e o amor? Feneceu? Um amontoado de células?
Meu coração agita um universo de pensamentos e lembranças...
Lembro-me de quando nela fazia tranças...
Esperar mais? Não somos imortais...
Viveremos sempre na distância, o que meu coração não sabe hospedar.
O sopro que me animava começa se apagar...
Não existe mais o coração criança; no coração adulto dela tudo morreu.

O pior de tudo isso:
a única que sofre SOU EU!...

Lídia Valéria

O futuro nos oferece a resposta do que sonhamos,
porém, nem sempre o que almejamos.
Lídia Valéria

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