quinta-feira, 21 de outubro de 2010

20 de outubro — Dia do Poeta. Um pouco de mim...

20 de outubro — Dia do Poeta. Um pouco de mim...

Quando meu coração abraça minh'alma, sinto-me num bosque, onde fantasio duendes e fadas, onde não existe solidão, onde posso renascer e de mãos dadas comigo mesma. Navego em sonhos e com o silêncio. Ouço apenas a voz dos meus sentimentos atentos para falar da realidade, encantos, desencantos, da magia que me envolve, indizível, invisível mas que teimo deixar escrito para a eternidade. Já disse uma vez, em um post, que poeta não morre, segue rumo ao arco-íris...

Nesse abraço, me enlaço com meus sentimentos, sinto meu corpo suavemente descompassado e meu coração fala através de palavras. As palavras fluem como beijos para cada pessoa que lerá minha escrita, e, quando meus dedos tocam o teclado, ou mesmo quando entrelaço caneta e papel, é como me sentisse abraçando quem me lê, numa melodiosa e harmoniosa sinfonia que afaga meus tímpanos num ritmo deleitoso, e me sinto bailando em nuvens.

Sinto uma brisa suave tocar meu rosto, o vento leve que deixa o voar das borboletas. Ouço o barulho das asas do beija-flor, sinto-me envolvida pelo brilho das cores do arco-íris, mãos segurando as minhas e olhos me fitando, deixando que eu veja meu reflexo em suas íris. 

Pareço estar rodeada por borboletas, afagada por um cão e acalentada pelo ronronar de um gato,  amigos fiéis... e não sinto medo. Entrego-me à impressão de ouvir a voz dos anjos lendo meus sentimentos. Sensibilizo-me, tenho vontade de chorar e choro. Cristais rolam em meu rosto amadurecendo meu espírito... e escrevo. 

Deixo fluir meus sentimentos e sinto que o amanhã vai ser mais bonito. Olho sem olhar para o infinito e penso apenas no espetáculo que me espera lá fora, cheio de graça, e quase me sinto criança, rodopiando num carrossel e pensando o que seria quando crescer.

Cresci, sonhei, me iludi, superei, e posso ficar de mãos dadas comigo mesma, sentir-me feliz; assim consigo estender as mãos para as pessoas que me lêem no carrossel de minha vida agora, no presente.

Meus sentimentos divagam e minha imaginação torna-se um poema. Entro em temas que às vezes me fazem reviver lembranças tristonhas, às vezes felizes.

Enfim, de coração falo e consigo até pensar que sou poeta, que minha palavra é poesia, que leva som e melodia...

Depois de tudo isso, nesse turbilhão de bons sentimentos, ainda correndo atrás do arco-íris, sou mesmo poeta, ou atleta?

Responda-me você, coração que me lê agora. Sua resposta para mim é poesia.



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

18 de outubro — Dia do Médico — Homenagem à minha filha Estela — cardiologista e ecocardiografista



Cairo, Egito
 Cascais, Portugal
  
Paris, França

18 de outubro — Dia do Médico  
Homenagem à minha filha Estela — cardiologista e ecocardiografista

Quando nascemos, trazemos em nosso cabedal diferentes missões. O tempo passa, e parece que com pressa a deixar a infância e logo a pensar em decisões futuras. Sonhamos e contamos que a sorte sempre esteja a nosso favor. Olhamos para a frente, um pouco temerosos, e não conseguimos encarar tudo com a esperança de esperar sem temer, por muito positivo que sejamos. O que fica para trás com certeza nos influenciará nessa escolha. Difícil não temer obstáculos.

Encarar "o novo", receber de braços abertos, ser firme, acreditar na sorte e, se mesmo em algum momento sentir dúvidas sobre a melhor escolha, escutar o coração, não deixando a razão, tendo os pés fincados no chão e na sua realidade. Cada um tem sua própria realidade, o que vai indicar e redirecionar nossa vidas.

Um banco de jardim nos espera para que ali sentemos e comecemos a renovar nossa história: acreditar ou devanear? 

Deus está sempre lacônico, mas sempre presente, por isso devemos crer. Decidir... É o mesmo que dizer para a água não se molhar... Devemos sair de dentro de nossa bolha e voar para o futuro... e acreditar.

Foi assim que minha filha, Meu Sol, voltando-se para o recôndito de seu ser, seguiu sua escolha, renovou sua história e seu destino para ser médica. 

A escolha estava feita. Alçar vôo, mesmo que ninguém acreditasse e ficassem pesadas suas asas... Acreditou que o peso das pedras do caminho não seriam mais pesadas que suas asas... aguentaria voar. Assim, voou... Uma longa viagem.

Acreditou nas sombras frescas de sua realidade, mesmo sabendo que passaria por fontes sem água fresca. Passou por elas, mas sutilmente disfarçou, fingindo não ter sede.

Sentiu que sua missão era de cuidar, zelar e salvar vidas... Talento tinha em suas mãos, o que com o tempo transformou-se em bonanças. O futuro tornou-se presente. Foi um trabalho árduo.

Não conteve sua alma diante do desespero de uma criança, de um idoso ou de um acidentado. Foi operando milagres, trazendo esperança às pessoas que dela precisavam. Ser médica não é fácil e é necessário ser incansável. 

Sempre trabalhou com amor ao ser humano de forma altruísta. Não separou tempo nem hora; era presente em todos os momentos que a solicitavam. 

Viajo com a melodia da vida honrada como médica de minha filha, onde  a cada passo a fez crescer pela forma carinhosa e respeitosa dada a seus pacientes. Sempre teve consciência do caminho de trabalho a seguir e seguiu magistralmente sua meta com muita força e perseverança. 

Minh'alma se apóia em sua honrosa profissão de médica e me orgulho, me emociono. Cristais rolam em minha face a cada vitória por ela conquistada. Deixo sempre rastros em palavras para falar de minha filha, vestígios convictos de que sei que ela honra sua profissão e sua alegria é abundante nessa missão.

Nesta data, querida filha, o meu amor mostra a você a minha alegria em, feliz, fazer um brinde a você, doce e respeitada médica, doutora em cardiologia, não só em forma de palavras, mas de respeito, amor e admiração por você, minha filha, Doutora Estela.

Curta o seu aprendizado com louvor. Valorize-se sempre. Você é mais capaz e melhor do que pensa. Sobejam-lhe venturas em sua profissão de médica. Tenha sempre o coração agradecido por Deus lhe permitir tanta ventura. 

Eu sinto o meu coração agradecido por ter você como filha e por ser a pessoa humana que é: amorosa, carinhosa, amiga, companheira, solícita, alegre, cordial, gentil, meiga... acima de tudo, leal e virtuosa.

De pé, um brinde a você, minha filha médica, Meu Sol!

Amsterdã, Holanda


Tim-tim!
 

Sensibilize-se... deixe cair uma lágrima: 
é o cristal de sua alma que enobrece sua vida. 
Mamãe Lídia Valéria




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