terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Em algum lugar do passado...

Acredito que sempre haverá alguém que se reconhecerá neste poema.
Recordar não é viver?


O país da fantasia, que habitei na mocidade,
ficou para trás, no passado.
Resta-me, desse tempo perdido, a saudade...
Chegaste quando eu te sonhava.
De súbito, acendeu a chama, nunca havia amado.

Em algum lugar no passado te perdi,
a vida ficou insignificativa, como um
filme que perdesse o som, as legendas, que nem mesmo li.
Minha alma perdida no passado, o sonho que vivi.

Os sonhos, as memórias eu afago.
Meu passado, espelho do meu mundo...
O presente me cerca... e não abro mão
de minha face de menina-moça, para refletir
a imagem de minha vida com ironia,
quando antes, te amando, eu sonhava, sorria.

Há sempre um momento do tempo em que
uma porta se abre e recordo o passado, meu ninho,
que adentra na minha recente vida.
Recordo-me, louca de amor, espalhei meus sonhos
a teus pés... e você pisava com carinho,
pois eram meus sonhos.

Era apenas o que sou hoje: meus sonhos.
Amei você num doce acolhimento que faz entender
com os olhos da alma, não a visão de um rosto.
Deixei minha alegria estar na tua e deixaste
a tua ser minha, com amor, alegrias, de mãos dadas,
espalhando alegria a quem não tinha.

Amei com ousadia, maior que o mar...
Amei e acreditei que mesmo se um dia estivéssemos
longe, separados, como a primavera que vai e volta,
como fazem as ondas do mar... você voltaria.
Mas em algum lugar do passado te perdi.
No presente, no coração fechado me recolhi.

Jamais esquecerei o abraço quente
que me trouxe teu olhar.
Lembro-me, sorriso de menina-moça, rosto solene,
perene no amor, onde havia harmonia, liberdade e sabor ardente.
Amor grande e distante, tão bem fez à minha vida
a gente ter sonhado e vivido o sonho.

Ah, amor fenecido... Dois amantes que morreram
e que um dia se amaram tanto...
Parece um sonho que eu tenha vivido.
Busco no passado o amor que vivi, onde dei
tudo de mim, sem jamais de nada despir.
O passado vem como um mar profundo, e eu
chego à tona de todos os naufrágios...

Sinto o cheiro do mar e do próprio vento.
Nosso amor, um sonho fecundo... não era
para este nem para o outro mundo...
Pudesse, eu diria:
"Lindo amor do passado, acorde para mim".


Lídia Valéria


O amor é como a semente que germina
conforme o solo onde é colocada.
Os frutos ficam por conta do terreno onde caem,
que tem que ser fértil para que produza a felicidade.
Lídia Valéria

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Seja eu


Tento olhar para a frente, sem temer o que vem atrás,
acreditando que a magia da vida estará sempre presente

para ouvir meu coração.
Seja eu

Seja eu o braço que te enlaça,
o pássaro que em tua janela passa.
Seja eu a gota que te mata a sede,
o doce que te leva ao deleite.

Seja eu a flor que te deslumbra,
o som de tua voz pro mundo.
Seja eu lençol que te acaricia,
o sono bom de suas noites vazias.

Seja eu o teu olhar profundo,
que te faça ver melhor o mundo.
Seja eu a prece que te faz mais forte,
sentindo mais fé e encontrando seu norte.

Seja eu o teu sorriso para fazer amigos,
conquistando espaços, formando novos laços,
harmonizando os antigos.
Seja eu tua palavra mostrando amor,
teus gestos pacíficos sem temor.

Seja eu a pessoa que te respeita, que vive à tua espreita
à espera de que você me veja.
Seja eu a pessoa que teus olhos enfocam
para me tornar a pupila do teu olhar.

Seja eu a pintura do quadro que tu vislumbras
e que dele eu saia para em ti me emoldurar.
Seja eu a mulher que tu esperas
e consiga te conquistar.

Seja eu a enxugar o teu pranto,
seja eu a te fazer gargalhar.
Vamos rir de nossas diferenças e sabermos nos aceitar.
Seja eu a descobrir sozinha
a hora certa desse sonho despertar.

Lídia Valéria

Acreditar na magia da vida, estimula seu coração.
Ele sempre indica os melhores caminhos.
Lídia Valéria

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Viver sem viver... Um pouco de mim.



No post anterior, uma homenagem aos meus filhos.
Hoje, um pouco de mim.
..
Acredito que vale a pena sonhar... correr atrás do arco-íris... saber esperar...
Posso dizer que
"meu histórico de vida é meu orgulho".
No poema evidencio minha felicidade.


Amar e ser amada!
Eu quis alcançar e me sentar no trono da fidelidade.
Não recebi o prêmio do amor 'encantado'.
Perdi a força e a coragem, a resistência,
os sonhos...
Da plenitude do amor superei as dificuldades
em tempo de sair da inércia...
Muito tempo levei mas canalizei meu sublime amor
para o apogeu de viver só!
A tristeza da solidão a dois substituída pela
imensidão do amor platônico,
restando sublimação visceral...

Nada se perpetuou, embora a persistência
quase tenha se tornado divina!
Não existe ação sem efeito e podemos querer
aspirar o viver bem, mas somos
fascinados pela tranformação de quem amamos,
o que causa o embrutecimento irremediável
dos sentidos.
E assim decidi, como todo ser humano precisa
de alguma ousadia para cortar a corda
de ser livre... Cortei!
Cortei e me libertei!
Minha vida se tornou deleitável...
Neutralizei todas as forças negativas, e venci!
Sou feliz !


Lídia Valéria

Não permita que sua dor,
seja ela causada pelo motivo que for,
o impeça de vislumbrar a beleza da vida.
Lídia Valéria Peres


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