sábado, 24 de abril de 2010

23 de Abril — DIA INTERNACIONAL DO LIVRO — Homenagem a meu filho Glauco

Para as mães, seus filhos são o Universo... Quase que transformam o mundo de acordo com seus interesses em criá-los de forma que sejam vitoriosos. Ninguém mais critica, pois sabe que mãe já nasce com  o dom de proteção. Alguém discorda?

(Fotos: em Portugal)

Dia 23 de abril é o Dia Internacional do Livro. Como na Catalunha nasceu o costume de presentear as pessoas queridas com flores e livros, eu não poderia deixar de presentear, embora de forma diferente, meu filho Glauco Adams. Flores já as colhi em meu jardim e as ofereci. Mãe fala mais...

Quando a gente ouve falar em talento, eu soberbamente penso logo em meu filho Glauco,  não do tipo que aparece em jornais, revistas e TV. Talentoso porque, além de seu delicioso convívio,  tem  como impressão digital sua forma de escrever, sempre com pitadas de humor.  Eu valorizo muito o talento, não só de meu filho, mas de muitos outros escritores,  por menos visível que ele seja.

Como mãe, sempre estou pronta a incentivá-lo (como faz a mim), a continuar com suas escritas, porque com certeza sou sua principal fã. Para mim, um grande espetáculo ler o que meu filho escreveu e escreve. Tenho orgulho do seu talento, mesmo que ele não seja o o mais glorioso, porém, dentro de sua capacidade, que é grande, já é notícia em livrarias pelos livros editados, palestras e seu blog. Em todas as coisas que faz, sendo em escrita ou em seu dia-a-dia, existe magia. Sua presença como filho, e amigo, é 'o doce que  cobre o amargo'.

Como explicar o encanto que ele me oferece sendo meu filho, além de escritor ? Exerce  a mim e à sua irmã tanta magia... o que para nós é muito  difícil explicar e tão fácil de sentir e perceber. Sua vida consiste em uma obra de arte por sua determinação e sempre nos surprende com suas engenhosidades.
 
Acredito no mundo do meu jeito e em minha crença está meu imenso amor a meu escritor preferido que é meu filho Glauco Adams. Como não ser ?

Parabéns, meu filho, neste dia especial, Dia do Livro, que é seu também, comungando com todos os escritores.

Lídia Valéria — mãe


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Minha estrela cadente


Quem não olhou para o céu e deslumbrou-se em interrogações e devaneios? Lembranças, desejo de ver alguém. A saudade faz com que o amor seja olhar juntos para a mesma direção — não só consiste em fitar um ao outro. Não devemos nos perder na imensidão de nossos sonhos, nossa razão, percorrendo caminhos para satisfazer o nosso sentimento (às vezes, equivocado). Vemos no vento, no céu, na Lua, e, principalmente, nas estrelas o encontro do amor que de repente entra em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que ele permanece. 

Damos nomes a esses sentimentos de acordo com nossa forma de sentir, e temos quase a certeza de que descobrimos a felicidade e que a vida não está passando inutilmente. Encontramos a alegria dessa luta pelo amor desejado, e, nessa tentativa, nos envolvemos com o sofrimento, nem  sempre na vitória. Nesse desempenho não existe meio-termo: ou ama e age certo, ou não; depende de você. Por amor, às vezes perdemos o equilíbrio da razão. O importante é ver o que não está visível — eis a questão.

Eu já me comprometi demais por um amor, deixando a evidência algemada. Valeu enquanto não usei as chaves da razão para abrir as algemas. Não parei de sonhar, mas aprendi a coerência no saber ficar de olhos abertos para ver o céu, as etrelas, o Sol,  a Lua, mas com ouvidos afiados para ouvir o trovão; isso, sim, leva à vitória. Infelizmente aprendemos depois de tropeços... mas é bom amar, por isso estamos sempre em descobertas, tardias ou não.

E você? Sempre de bem com a vida, comungando o amor com alegria e felicidade? Será você a pessoa privilegiada, vencedora e que nunca buscou e desequilibrou-se por amor?

Você, que me lê agora, já procurou sua estrela cadente, como eu? Continua à procura? Crê na busca e no resultado?

Mesmo que haja trovões, procure, mas sem algemas.


Minha estrela cadente

Olho para o céu e te procuro.
Gosto de ti, minha estrela cadente...
Um fragmento de teu amor
me traria alento...
Tua ausência inclemente
deixa minh'alma em lamento.
Quero teu brilho incandescente,
 não porque preciso...
Quero seu brilho só por te amar.
Descanso... entro em devaneio...
No sonho, teu amor se revela...
e atrás do arco-íris,
em meio ao brilho das cores,
nossa morada de amor se eterniza...
Mas...
se você não me quiser mais,
vou exuberar meu visual,
sensualidade no meu porte,
 usar um perfume doce, mais forte,
um brilho envolvente nos lábios,
serei sedutora, coquete...
Com o rosto entre as rendas de um leque,
faceira... emoldurada de amor te direi:
  Ofereço a você um pedaço de meu chão,
que é de terra firme e do que precisas;
ou um pedacinho do céu, que será bendito;
  nosso amor ultrapassará o silêncio
em cada som, sussurro ou grito,
e nós, lado a lado...
O sol  penetrará em nossa alma
unindo o brilho de nosso olhar,
como que sentindo o aroma da última rosa...
Sem saudade... ela irá embora;
ficará apenas em meus versos...
No caminho, despetalarei rosas
para que seja teu chão, e, sem temores,
nos perderemos em meio às estrelas
até a Lua surgir e emprestar seu brilho
a quem tanto ama...
 Estarás comigo quando despetalar-me
e meu aroma te falará de mim...
e nesse acalanto, nos acalmararemos.
Ouvirei tuas palavras e ouvirá as minhas,
 que serão mansas.
Juntos, quase sussurrando,
nos despediremos da distância
e da saudade sem razão.


Lídia Valéria 

O mar, o céu, o Sol, a Lua e, 
principalmente, as estrelas regem nossos corações, 
despertando-nos às paixões, e às vezes perdemos o 
senso e a razão. A vida é a arte dos encontros, 
embora haja tantos desencontros. 
Lídia Valéria
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