Cirandando, cantando, rodando...
De mãos dadas, dando risadas, lembrando
quando criança, a meninada...
No meio da roda, sempre alguém,
que em versos ou em prosa enaltecia a nossa roda.
Alegria no ar, meninas para os meninos,
exibiam-se ao dançar sem malícia no tocar.
Sapatos e meias curtas, vestidos rodados,
aos tropeços das fitas, babados e bordados.
Bem matreiros, os meninos seguravam nossas mãos
e logo com os olhos invocados as meninas olhavam.
Cirandinha... Se esta rua fosse minha...
Sambalelê... Dona Sanja... Carneirinho, carneirão...
Vem tudo à minha lembrança com emoção.
Hoje, não cantam mais... O garoto, logo cedo vira rapaz
e a menina, usando meias de seda, batom e maquiagem,
dão passagem curta ao tempo, à idade,
fogem da verdadeira realidade e de ciranda não brincam mais.
Não usam mais tranças, se contorcem quando dançam,
deixando a meninice para trás...
Perdem a beleza do rodar, o gostoso de entre o céu e a terra ficar,
para se tornarem mais adultos e logo cedo namorar...
Cirandar é tão bom como namorar, mas tudo tem hora para começar
e as cirandas ficaram para trás...
Se pudesse haver uma mudança, onde, por magia, encantamento...
todos voltassem a ser crianças, e voltassem a cirandar...
Tenho certeza que um mundo novo surgiria,
onde a droga não existiria, porque o cérebro de todos apenas
sentiria o entorpecer do prazer do cirandar...
Pudesse eu, gritaria, para o mundo modificar:
Vamos todos cirandar!
À infância verdadeira voltar!
De mãos dadas, dando risadas, lembrando
quando criança, a meninada...
No meio da roda, sempre alguém,
que em versos ou em prosa enaltecia a nossa roda.
Alegria no ar, meninas para os meninos,
exibiam-se ao dançar sem malícia no tocar.
Sapatos e meias curtas, vestidos rodados,
aos tropeços das fitas, babados e bordados.
Bem matreiros, os meninos seguravam nossas mãos
e logo com os olhos invocados as meninas olhavam.
Cirandinha... Se esta rua fosse minha...
Sambalelê... Dona Sanja... Carneirinho, carneirão...
Vem tudo à minha lembrança com emoção.
Hoje, não cantam mais... O garoto, logo cedo vira rapaz
e a menina, usando meias de seda, batom e maquiagem,
dão passagem curta ao tempo, à idade,
fogem da verdadeira realidade e de ciranda não brincam mais.
Não usam mais tranças, se contorcem quando dançam,
deixando a meninice para trás...
Perdem a beleza do rodar, o gostoso de entre o céu e a terra ficar,
para se tornarem mais adultos e logo cedo namorar...
Cirandar é tão bom como namorar, mas tudo tem hora para começar
e as cirandas ficaram para trás...
Se pudesse haver uma mudança, onde, por magia, encantamento...
todos voltassem a ser crianças, e voltassem a cirandar...
Tenho certeza que um mundo novo surgiria,
onde a droga não existiria, porque o cérebro de todos apenas
sentiria o entorpecer do prazer do cirandar...
Pudesse eu, gritaria, para o mundo modificar:
Vamos todos cirandar!
À infância verdadeira voltar!
Lídia Valéria Peres
4 comentários:
Olá Lídia, foi um prazer descobrir esse espaço e estar aqui.
Merilene Dias, BH
É muita felicidade ver este seu espaço na Internet!
E está muito bonito!
Lídia!Nós adultos, devemos reensinar nossas crianças a cirandar,cantarolar as mágicas cantigas de roda.Infelizmente as drogas estão roubando a infância, tanto nas periferias como na alta sociedade.Adorei sua poesia que enaltece a infância.
Um abraço, parabéns.
Albani
Amigos Merilene, meu filho Glauco, Abani, ofereço-lhes flores por me deixarem feliz. Gratificante recebê-los... um incentivo.
Fico-lhes grata.
SHALOM!
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