segunda-feira, 13 de julho de 2009

Estou aqui...

Escrevo porque gosto de me refugiar em meus versos... Escrevo e me renovo... floresço...
Estou atrás de cada poema, onde se escondem meus amores, meus medos, meus segredos,
minha vida, meus sonhos, minhas ilusões.
Às vezes o poeta fala de si; outras vezes, de você que me lê agora.
Tento interagir com seus amores, romances, ilusões, sonhos, muitas vezes esquecidos.
Na verdade, procuro fazer com que minhas inspirações busquem as suas lembranças do passado, sentimentos do presente e pensamentos levados ao futuro.

Nos enroscamos nas armadilhas de nossas emoções e sentimentos, e muitas vezes
não conseguimos dizer nada, caindo no silêncio.
Hoje, fugindo dos meus temas, dou asas à minha imaginação.
Brota saudade do que não vivi, do que vivi, tentei viver,
e da falta de coragem de dizer o que realmente senti.
Um incentivo e coragem para você dizer 'estou aqui', 'eu te amo', 'vem me amar'!
Decida depois de ler e siga em frente...
Às vezes é bom ser totalmente, ou quase irreal. Algum mal?


Estou aqui

Estou aqui... a
cerca-te mais...
Eu, ansiosa por te amar.
Abraça-me forte...
e com tuas mãos deleitosas
faça-me carinhos,
transformando teu corpo em ninho
onde, aconchegada,
disseminarei meus ais...

Estou aqui...
Vem comigo... no amor flutuar,
ao compasso do meu coração.
Flutuando... fluindo os sentimentos...
Eu, vulcão, à tua emoção...
Depois...
deixa-me se for capaz.

Lídia Valéria

Bom ouvir e dizer "eu te amo".


3 comentários:

Thiago disse...

Dona Lídia: a introdução do seu texto é tão reflexiva quanto o próprio poema.

Felizes daqueles que conseguem manifestar seus sentimentos através dos versos. E mais ainda felizes quando têm o que contar, pois é o fruto de uma (con)vivência, de lembranças que, boas ou ruins, podem servir de exemplo, de lição ou apenas sentir o gostinho de relembrar; é o sinal de que viver não tem sido em vão.

Quando não conseguimos nos expressar, caindo no silêncio, não é preciso martírio. Pela nossa própria natureza humana, buscamos a afirmação, a necessidade de "mostrar serviço", de passarmos a imagem de seres ativos e incansáveis, mas interpreto o silêncio como uma pausa, que, embora possa parecer "perda de tempo", é fundamental. Poucos sabem, mas toda música contém pausas -- basta analisar a partitura --, das pequenas sonatas às grandes obras-primas. Sem as pausas, tudo seria um caos. Talvez, nesses momentos em que "perdemos a voz", seja o Criador nos oferecendo "pausas compulsórias"...

Grande abraço!

Lídia Valéria disse...

Amigo Thiago, obrigada pela visita, para mim, um luxo!

Meu poema foge do que sempre venho postando. Alguns em gavetas há muito tempo. Escrevo sentimentos também baseados no que não vivi, mas esperam que eu escreva; algo mais apaixonante, dentro do conceito atual. Escrevo, não que sempre tenha vivido, mas acredito nesse sentimnento. Muitos se identificam, absorvem e devaneiam... Quando isso acontece, quem escreve fica feliz.

Falando em 'pausas', há muito tempo estou dentro delas (dadas a mim por Deus), esperando um compasso para continuar minha composição, contudo, agora minha melodia segue em ritmos diferentes, além do arco-íris. Busco um colorido mais suave, já que quase todas as cores da vida eu vivi e não foi em vão. Hoje, 'meu' colorido, em tons suaves, busca colher novas formas, maneiras, gestos e atitudes; porém, sempre colorida.

Albani disse...

Lidia
Tua alma canta nesse poema. A minuciosidade de tuas palavras representa bem o sentimento, Amor!
Deus continue a te inspirar.
Um grande abraço
Albani

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