Nada nos pode ser dado que já não exista em nós mesmos. Ninguém pode abrir-nos outro mundo de imagens além do que há em nossa própria alma. Podemos, sim, ter a oportunidade, o impulso, a chave para seguir em frente e conquistar o que almejamos. Podemos, sim, ter ajuda para tornar visível o nosso próprio mundo.
E isso é tudo.
Pensei...
Uma vez... um dia... sonhei.
Pensei em transformar abóbora em carruagem,
andar pelo mundo com ela... mudar a minha imagem.
O mundo disse que não.
Sem pensar atirou-me ao mar...
Fiquei muito tempo a nadar, conservando-me à tona.
As ondas e o vento jogaram-me ao alento.
Em sofreguidão vi-me na areia... molhada, suja, feia.
Percebi que as abóboras continuavam abóboras,
os ratos eram mesmo ratos,
os pássaros voavam livremente sem me ver.
Meu corpo não vestia nada de seda, nem bordados e brilhos,
meus sapatos não eram de cristal.
Constrangida, senti-me mal.
Eu, era só eu.
Não queria submeter-me ao mundo, onde muitos enganam.
Pensei ser uma flor, que nasce da terra,
e fertilizada faz nascer outras flores...
Seria eu mãe de todas elas.
O mundo disse que não.
Pensei ser o Sol e a Chuva,
que faz florescer o mundo...
O mundo disse que não.
Pensei ser um pardal.
Voar ao encontro do arco-íris e ultrapassá-lo...
O mundo disse que não.
Pensei ser um vaso de flores.
Abraçaria todo o colorido e o perfume, e delas seria a rainha.
O mundo disse que não.
Pensei ser uma mulher carente... dona de pequenas e simples histórias.
No amor — frágil, sonhadora, quase perdendo o coração.
Fingem que me amam e eu finjo que acredito.
O mundo disse que isso me cai bem.
Pudesse eu unir meu concreto e meu abstrato,
posaria para uma foto e exporia na parede meu retrato...
Pensei juntar meus cacos pelo mar, pela areia, pelo chão...
O mundo me disse — Tem razão. Pensei que poderia ser uma Cinderela...
Tantos sonhos! Devaneios... Nunca mais!
Serei apenas o acalanto de um abraço,
ficar no tempo e amenizando dissabores,
me eternizando e preenchendo espaço de cada entrelaço.
Pensei ser o mundo...
E ele me disse que eu sou eu.
Uma vez... um dia... sonhei.
Pensei em transformar abóbora em carruagem,
andar pelo mundo com ela... mudar a minha imagem.
O mundo disse que não.
Sem pensar atirou-me ao mar...
Fiquei muito tempo a nadar, conservando-me à tona.
As ondas e o vento jogaram-me ao alento.
Em sofreguidão vi-me na areia... molhada, suja, feia.
Percebi que as abóboras continuavam abóboras,
os ratos eram mesmo ratos,
os pássaros voavam livremente sem me ver.
Meu corpo não vestia nada de seda, nem bordados e brilhos,
meus sapatos não eram de cristal.
Constrangida, senti-me mal.
Eu, era só eu.
Não queria submeter-me ao mundo, onde muitos enganam.
Pensei ser uma flor, que nasce da terra,
e fertilizada faz nascer outras flores...
Seria eu mãe de todas elas.
O mundo disse que não.
Pensei ser o Sol e a Chuva,
que faz florescer o mundo...
O mundo disse que não.
Pensei ser um pardal.
Voar ao encontro do arco-íris e ultrapassá-lo...
O mundo disse que não.
Pensei ser um vaso de flores.
Abraçaria todo o colorido e o perfume, e delas seria a rainha.
O mundo disse que não.
Pensei ser uma mulher carente... dona de pequenas e simples histórias.
No amor — frágil, sonhadora, quase perdendo o coração.
Fingem que me amam e eu finjo que acredito.
O mundo disse que isso me cai bem.
Pudesse eu unir meu concreto e meu abstrato,
posaria para uma foto e exporia na parede meu retrato...
Pensei juntar meus cacos pelo mar, pela areia, pelo chão...
O mundo me disse — Tem razão. Pensei que poderia ser uma Cinderela...
Tantos sonhos! Devaneios... Nunca mais!
Serei apenas o acalanto de um abraço,
ficar no tempo e amenizando dissabores,
me eternizando e preenchendo espaço de cada entrelaço.
Pensei ser o mundo...
E ele me disse que eu sou eu.
5 comentários:
Talvez o post mais bonito e profundo aqui. Cheio de significados...
Lili
Encontro-me nessa publicação,Onde, a imaginação vai além das fronteiras de nossa consciência inconsciente.Pois, falamos, lutamos e muitas vezes nos perdemos em nossos medos.
Precisamos, aprender aqui, sonhar e lutar pelos sonhos.
Com certeza muito profundo e reflexivo como sempre.
Parabéns, que tua inspiração alcance grandes voos.
Glauco, meu escritor favorito, traz luz ao meu blog — Obrigada.
Abraço forte.
Mais uma vez presente, amiga leitora Albani. Sempre atenciosa e doce.
Prazer imenso recebê-la.
Grata.
Amiga
Seu blog, é muito acolhedor.Aqui, sempre me renovo, em tuas reflexões e imaginação.
Abração
Saudades!
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