Antes mesmo do nascimento, ainda com o filho no ventre, sofrem as mães mais que o necessário.
Mesmo com o coração calmo, a vida latente, esperada com ternura, causa inquietudes, o que faz parte do organismo emocional-carnal. É mais um elo para se unir à humanidade. Cuidará dessa vida e de sua adaptação ao mundo; será o seu Norte.
Antes do nascimento, a mãe já sabe que o progresso saudável da criança não terá sentido se não lhe proporcionar segurança, paz e bem-estar. Sente uma vida dentro de si e começa a sonhar. Devaneia sobre o que poderá fazer para oferecer uma forma melhor de vida a seu filho, mesmo que tenha que mudar a sua. Erradamente pensa que é um ser que será seu, e não, futuramente, para o mundo.
Fácil será ser amiga, fazer companhia, dizer o que o filho deseja ouvir (mesmo que tenha motivos para não poder dizê-lo), promessas... porém, difícil é ser amiga para todas as horas em toda a sua vida, dizer sempre a verdade quando for preciso, com confiança no que diz. Mas mãe faz e diz, não que não possa ver e sentir quando inventa e cria soluções, mas a questão é que seu coração não permite e arquiteta planos para que ele não veja nem sinta o problema. O mundo é feito de regras a serem cumpridas; só a mãe (salvo algumas exceções) sabe, com amor e sabedoria, orientar seu filho como segui-las.
Nem sempre é possível, pois, mesmo tentando ser fada, sua "varinha de condão" às vezes enverga, mas ela não deixa de tentar encontrar a solução. Nasce com o dom de proteção. Para as mães, duas coisas são infinitas: o próprio universo e a felicidade ligada ao futuro de seu filho nesse universo.
Assim fiz e consegui mudar, embora menos do que planejei, não pela força nem por conhecimento, mas sim por vontade de conseguir e vencer. Venci todos os obstáculos e pude ser chamada de "fada". Aprendi que não podia e não posso exigir o amor de meus filhos, mas podia e posso dar boas razões para que me amassem e tivessem confiança, sonho e paciência de que a vida fizesse o resto.
Sonhei muito. Fui perseverante. Esperei. Confiei... A vida deu-me dois filhos, pontos de referência em minha vida, e o orgulho de ter vencido essa batalha. Para chegar à vitória, tive como resposta a vitória de meus filhos e posso dizer: — Venci.
Mantemos uma certa cumplicidade: sadia, adulta, respeitosa, porém, com humor — é uma forma de um resultado mais positivo. São meus filhos, mas não precisam pensar como eu e não preciso pensar como eles. Mesmo assim, temos um relacionamento estruturado no amor, principalmente no amor. São meus confidentes e não quero nunca perder a amizade deles — para mim, o bem mais precioso.
Agradeço ao Senhor do Universo o privilégio de minha filha Estela, Meu Sol, e meu filho Glauco, Meu Porto Seguro, fontes de Luz e segurança em minha vida.
Tenho o meu coração agradecido.
Um pouco de mim, mãe "coruuuuuuuuuuuja"
Egito
Falando de meus filhos, sou como todas as mães: por amar demais... falam, falam, falam...
Você me entende?
Mãe Nasceu mulher, forte, inteligente. Como símbolo de pureza, é pedra marcada na existência e continuidade humana. Durona, porém chorona, sensível, compreensiva e, às vezes, até reclamona. Como mulher, no seu espaço, lutou por amor e respeito... Concebeu, gerou com amor seus filhos que o seu coração tanto os reconhece divinos, e aos filhos dá o que acha que merecem. Muitas noites em claro, preocupações, lutas, persistência... Tudo isso ao mesmo tempo. Sabe enfrentar com sorrisos, gestos de amor, palavras de carinho, em cada ação... É um anjo de Deus.Às vezes, um beijo seu alivia dores. Pensa em como sua vida mudou desde o dia em que se tornou mãe, agradecendo a Deus por ter merecido essa felicidade... Às vezes se afasta daquela mulher que existe em seu ser latente, para dar lugar a ser somente mãe. Seus sonhos ficaram para trás, dando lugar a outros: os sonhos de seus filhos. É feliz por ser mãe. Eterna é sua glória, no seu raro esplendor. Nada apaga seu brilho, porque ama com intensidade, seja qual for a sua idade, pois tem no coração muito amor. Doa-se em dedicação e afeto e é o tesouro do mais puro amor. Assim é mãe para mim... Um ser especial... Difícil definir, mas impossível não amar. Homenageio todas as mães... "A mulher-anjo-mãe-senhora-amiga-gigante-fada"... Não pelo Dia Das Mães, mas por todas as suas realizações e frustrações e pela luz divina que elas são. Lídia Valéria Peres
Inglaterra
Infelizes as mães que transformam seus filhos em culpados,
tendo-os criado sem disciplina,
declarando guerra.
Fazem-se vítimas de quem
nada mais precisa além de amor.
Lídia Valéria